“Não tem decisão fácil na pandemia. Tem quem quer que pare tudo, quem quer que abra tudo. E nós vamos ter que arrumar um ponto de equilibrio para tratar desse assunto, sem paixão, sem politicagem e sem demagogia. Nós temos uma curva crescente no Brasil inteiro e eu imagino que ela vá continuar crescendo por um bom tempo, até porque não temos uma política nacional de isolamento e me parece que não é essa a vontade nacional, principalmente pelo próprio Ministério da Saúde que até agora não fez nenhuma grande campanha sobre a pandemia”, considerou o secretário.
A proposta de uma campanha nacional sobre a pandemia já havia sido apresentada por Gilberto Figueiredo ao ex-ministro da Saúde, Nelson Teich, durante reunião remota realizada no início deste mês. Teich, no entanto, pediu demissão do cargo na última semana, após divergências com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que até o momento não definiu quem será o novo ministro.
"Esperamos uma campanha nacional urgente para alertar sobre a pandemia. Isso foi falado com o ministro. Até aqui o Governo [Federal] não investiu nisso. A população precisa entender que estamos em um período de pandemia", disse Gilberto, na ocasião.
Neste domingo (17), conforme o ultimo levantamento apresentado pelo Ministério da Saúde, o Brasil registrou mais de 16 mil mortes provocadas pela doença. A letalidade (número de mortes pela quantidade de casos confirmados) da doença no País está em 6,7%.
Dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES) mostram que a curva de infectados do novo coronavírus em Mato Grosso continua subindo assustadoramente. Em um mês, o crescimento foi de 456%, sendo que somente na última semana foi de 76%.
“O número não vai cair tão cedo, porque não existe uma vacina e quanto mais flexibiliza, maior a chance de contaminação, isso é dado estatístico e já foi dito milhares de vezes. Estamos trabalhando para dar assistência àqueles que precisarem de hospitais, mas a decisão do que fechar ou não é do governador e de prefeitos. Eu acho que eles devem, cada um na sua condição, analisar as perspectivas, porque tem município que nem tem caso, então cada um no seu tempo. A mim cabe fornecer as informações necessárias para que eles possam tomar suas decisões”, pontuou o secretário.
Olhar Direto
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